quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Quem vai a shows, procura o quê?

Eu fico me perguntando: O que buscam aqueles que vão a shows?
Lugares onde em geral o som não é de boa qualidade, a gritaria impede de se escutar bem o que está se fazendo em cima do palco. Mas o espetáculo é, ou deveria ser, de música.
Bem, antes de continuar estou falando aqui, nesse momento, de shows mais voltados ao público jovem. Também pode se enquadrar aqui na minha análise os ambientes de boates.
Na minha opinião (que se baseia nos relatos de pessoas conhecidas que costumam ir a esses eventos), o que acontece é simples. O que vemos é que na maioria das vezes não importa sequer a música que será apresentada. A maioria das pessoas vai nesse lugar para pegar ou ser pego por alguém.

É como se no ambiente do show, da boate, da micareta, do baile funk, etc se criasse um vácuo dentro do nosso espaço social do cotidiano. Um lugar onde as regras sociais enfraquecem ou perdem totalmente a validade. Quantas vezes vemos casos de pessoas que se conhecem e durante seu convívio normal não encontram oportunidade para dar aquele amasso que, lá no fundo de suas mentes, é o que tanto desejam?

É como se fosse um momento de fuga de nossos padrões ético-morais. Um lugar onde as tradições e o moralismo estão suspensos. Onde as meninas podem exercer sua sensualidade sem pudor de represálias (como as sofridas pela aluna do vestidinho, na UniBan). Nesse momento-local as máscaras caem e certos impulsos reprimidos podem ser mais facilmente demonstrados. Aí pode tudo, é o bonde, o rala e rola, o rala coxa, o amasso, a patolagem. E assim vemos aquela menina recatada do colégio, ou aquela colega de trabalho soltando a franga.

Não tenho absolutamente nada contra a liberação de certos costumes, que por diversos motivos fazem parte dos alicerces de nossa sociedade. O problema é que precisamos criar certos ambientes, rituais, etc, para podermos nos liberar. Mas no fundo isso deve ter uma razão. Creio que se repentinamente quebrássemos com esses tabus sociais o nosso modo de vida seria muito afetado, o caos nas relações sociais atrapalharia todo o andar da carruagem. Isso tudo devido à nossa incapacidade de andar no caminho do meio. É aquela história, quanto mais reprimido, maior é o alvoroço quando liberto.

Só lamento que com isso percamos a consciência de que certas coisas são muito mais do que somos levados a pensar cotidianamente. Música não é só show, nem é só esfrega-esfrega, nem cinema é só um lugar escurinho para dar uns amassos e por aí vai. Podem ser tudo isso, porém muito mais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão...



Esse tal de apagão,
quero ver quando vão
direito explicar,
essa tua razão

Teu motivo de ser
Pois eu sei que você
apesar de esconder

De meus olhos a luz
Deixando-me assim
sem o que me conduz

Esconder-se não podes
Pois pernas não tens
E ao nos cegar
mais claro se expõe.

Ante nosso nariz,
Cada um que responde
Ou algo revela
Sempre contradiz.

Com honestidade,
no bem da verdade,
uma real sinceridade
faria a muitos -
muito mais do que muitos -
realmente infeliz

Assim a cada escrutínio
essa grande irmandade
enrola o carretel

Pois a realidade
com tal crueldade
danifica o papel.

Papel de palhaço,
papel de ricaço,
papel de acionista,
também o vil papel.

Assim, há muito interesse
Que adormeça,
dentro de nossa cabeça
essa idéia infantil

Pois no bem da verdade,
o que de fato importa,
é o quanto das "nota",
tal verdade exposta

Faria os "homi" perder.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Expulsão por vestido curto

Me lembrei de fatos recentes em que tentaram proibir certos videogames e RPGs de serem vendidos, pois eles incitariam a transgressão. Estão tentando acabar com um vetor e não com o real problema. Já houve o mesmo tipo de represália aos quadrinhos, a certos livros, certas músicas que eram tidas como satânicas e assim vai. Ou seja, se não for o vídeogame, vai ser o RPG, se não for o RPG vai ser um quadrinho, e não termina nunca.
O problema não está no vetor, mas no doente. Infelizmente haverão pessoas com problemas que poderão ser disparados por qualquer coisa. Assim teríamos de proibir tudo, pois qualquer coisa, numa mente doente, pode gerar um surto psicótico.
Outra coisa interessante notar é que quando isso ocorre, por exemplo, com um filme, ninguém quer proibir OS FILMES, mas apenas O filme que estava envolvido, mas com o RPG, por exemplo, teve um juiz que quis impedir todos os RPGs de serem vendidos. Ou seja, o pau sempre quebra nas costas do menor. E quanto menor for, maior é a tendência é da paulada ser mais forte.

Da mesma forma tentam fazer com a moça do vestido rosa e curto. Tentaram pôr a culpa em algo que per se não é culpado. Isso a fim de livrar uma outra maioria, ou seja, a corda arrebentou do lado mais fraco, de novo.
Só que naquela "universidade" já houve outro caso de vandalismo há um tempo atrás. E por outro motivo. É assim mesmo, para sociopata qualquer coisa pode ser um estopim, depende do momento.
É como se um grupo de violentadores de mulheres fosse inocentado porque a vítima deu-lhe cabimento. Eles não teriam culpa por ela ser tão atraente. E a justiça, por comodidade, punisse a violentada por ser mais viável, pois perderia menos dinheiro prendendo menos pessoas.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novo padrão de plugues elétricos

Quem foi ultimamente em um supermercado procurando uma extensão para resolver um probleminha de falta de fio acabou dando com os burros n'água.
Agora só se encontra extensões no novo padrão aprovado pelo INMETRO, que apesar de prestar bons serviços, dessa vez fez um desserviço ao povo brasileiro, forçando-nos a aceitar um novo padrão que não é usado em lugar nenhum do mundo. Talvez alguns mais ufanistas digam "temos que valorizar o que é nosso...", mas eu digo temos que valorizar o que é nosso, mas pegar o que for bom de fora (a velha idéia do canibalismo cultural. Acho que o pessoal que aprovou essa coisa nunca leu sobre a semana de artes de 1922, mas deixa pra lá).
Agora teremos que comprar adaptadores para usarmos os computadores, as máquinas de lavar, ar-condicionados (esse eu até dispenso). Tudo em nome de uma maior segurança e de uma pequena economia que teoricamente esses plugues irão gerar. No entanto, segundo essa matéria teremos que gastar uma porrada para adaptar as tomadas e nossos eletrodomésticos ficarão consideravelmente mais caros só pelo fato das empresas que exportam terem de criar uma linha exclusiva para o mercado interno e os importadores terão de fazer as adaptações.
E pra melhorar, se algum construtor der uma de ninja e se adiantar, já construindo tudo no novo padrão, certamente o morador terá muitos problemas pois certamente seus eletrodomésticos ainda não estarão alinhados com o novo padrão.
PELAMORDEDEUS, acabaram com os problemas de tomadas que tínhamos e nos deram outro problema pior, pois além de continuarmos tendo problemas com tomadas, teremos também mais problemas no bolso.

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